Lex Credendi Lex Vivendi (Assim como cremos, assim vivemos)

Esse feriado que passou, eu pude desfrutar de um retiro espiritual de jovens da minha igreja.  Diferente de tantos outros retiros que já participei, o “Lex Credendi Lex Vivendi (Assim como cremos, assim vivemos)”, não conseguiu alcançar minhas expectativas. Pois, eu não tinha criando expectativa alguma para tal, pelo fato da incerteza de eu ir, e por ter participado de tantos outros, e esse ser apenas mais um, mais um marco, mais um impacto, e depois ‘a chama apagar’. Preferi viver cada dia e momento de cada vez. E Deus me surpreendeu, me confrontou, me ‘sacudiu’, me apertou, e me desafiou. A responsabilidade que senti ser posta em cima de mim foi muito grande, e Deus começou a me cobrar lá mesmo. Me emocionei muito, senti muito a presença do Senhor esses dias, e por incrível que pareça, diferente de muita gente (eu acho), meu sentimento não consegue ser maior que o medo misturado com ansiedade, pois serei cobrada a colocar em prática tudo aquilo que recebi esses dias.

Preciso de fato viver como eu creio. Eu não posso apenas conhecer a Palavra de Deus, eu preciso vive-la. Devo andar de acordo com os princípios do Senhor, tendo dentro de mim uma transformação diária, matando meu eu, lutando contra meus pecados, renunciando minha carne. Preciso ver Deus como minha necessidade maior, Ele deve ser o centro de tudo em mim. Tenho que enxergar a Cristo além de um ‘personagem’, devo me ambientar a Ele e persistir na minha caminhada cristã. Cristo deve ser o meu grande modelo e exemplo, para que eu viva conforme ele viveu.

Enfim, posso dizer que o retiro pra mim foi um pontapé para um novo começo, um novo desafio, uma nova responsabilidade. Terei que pôr em prática tudo o que eu ouvi vindo de Deus através de ‘instrumentos’ dele. E não será nem um pouco fácil, pois terei que abrir mão de muita coisa para que isso ocorra. Tenho que renunciar a mim mesma, para que a Obra do Senhor se complete. Tenho muita coisa que precisa ser ajustada e posta em ordem, mas estou disposta a recomeçar a partir de um novo ângulo. Confesso que sinto medo de não conseguir, medo de não ser constante, medo de que a chama se apague. Mas acredito que Deus procura corações dispostos, ‘vasos disponíveis’ para que ele use, e é assim que me encontro hoje (apesar do medo e da ansiedade), como um vaso disponível nas ‘mãos do Oleiro’, na certeza de ser quebrada, moldada e usada por Ele, conforme a sua boa, perfeita e agradável vontade.

"Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade." 1 João 2:4