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segunda-feira, 6 de junho de 2011

O Altar e o Gólgota

O local onde o pecado é tratado deve ser a prioridade em nossas vidas. O judeu sacrificava o cordeiro num altar de pedra, e construía um altar em todo lugar por onde andava, em sinal de louvor e adoração a Deus. Todos sabiam que “por ali” havia passado um judeu, porque deixavam a marca do altar, ou melhor, o altar que marca!
Jesus foi sacrificado numa enorme altar de pedra, chamado Gólgota. Ali, todos puderam ver o Cordeiro de Deus sendo sacrificado, pelo pecado. Ali, muitos O adoraram, dizendo: “Este homem verdadeiramente era inocente”. Ali, todos puderam ver que o adorador e o Adorado, o sacrificador e Sacrificado, o pecado e o Perdoador estiveram juntos, ‘passaram’ por ali.
Ali, retirou-se a máscara traiçoeira e enganadora do Diabo, rasgando o pecado e pisoteando-o.
Ali, revelou-se um Deus de amor, que resolveu, por livre e espontânea vontade, se entregar. Um Deus poderoso, que poderosamente venceu Seus inimigos.
Onde, antes, se erguia um altar, agora ergueu-se um grande altar com uma enorme Cruz no seu centro. Enquanto o altar era o centro do judaísmo, a cruz é o centro do cristianismo. Os dois se confundem na adoração e vida devocional, pois a cruz está posta em um grande altar de pedra, porque a adoração se une ao sacrifício. Não o sacrifício em vão, que causa martírios inescusáveis e inaceitáveis ao Pai, mas o sacrifício daquele que nunca pecou, contudo se fez pecado por nós. O sacrifício de Cristo.
Uma vida que é vivida sem a aceitação desse sacrifício se apresenta como uma existência obscurecida pela ausência Daquele que veio para trazer luz ao mundo, Jesus Cristo.
O crente precisa viver com sua vida prostrada no altar, e isso significa negar suas paixões carnais e inclinações que o levam para o egocentrismo. O crente precisa viver olhando para o Gólgota, o monte em forma de caveira, para que assim se lembre que a vida veio por meio de um sacrifício, uma morte temporária que teve a duração de três dias, mas que culminou na ressurreição que pôs fim ao maior de nossos inimigos, a morte. Por isso a ressurreição é uma crença fundamental do verdadeiro cristianismo, porque assim podemos crer em um Deus verdadeiro, que verdadeiramente está vivo porque ressuscitou a si próprio. Por isso podemos crer que estando Nele estamos vivos, e a morte já não terá mais nenhum poder sobre nós. Por isso nós cremos!
O altar é o lugar no qual a verdade é revelada, a verdade de que o pecado tem seu preço e este é a morte, porque todos nós pecamos. Mas assim como o altar se confunde com o Gólgota e no Gólgota nosso Deus é revelado através de Seu próprio sacrifício podemos viver com a certeza de que o nosso Deus vivo e verdadeiro nos ama, e por isso não nos deixará em nenhum momento de nossa existência.
Enquanto o altar era o símbolo do judaísmo, o altar no cristianismo é completo com a cruz e esta por sua vez se apresenta vazia, pois naquele altar, marcado por uma cruz, está a marca da redenção que traz vida verdadeira e eterna, pois esta cruz está vazia.
 Esse altar marcado pela cruz deve ser a evidência de um sacrifício pessoal realizado por nós, e assim como o judeu deixava marcado o local por onde passava com um altar, o crente deve ser um altar vivo que marca o lugar por onde passa. Devemos ser o altar vivo por onde passamos, para que todos possam ver as marcas da crucificação de Cristo em nós, e assim tenham a certeza de que o nosso Deus está vivo, porque nos vivificou e nos deu uma vida verdadeira e abundante.

Autor: Robson T. Fernandes
Extraído do site da ICNV-CG (www.icnvcg.com.br)

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